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A exposição apresenta destaques do guarda-roupa de Véronique Peck (franco-americana, 1932–2012) e evoca a vida repleta de estrelas e filantrópica que ela levou com seu marido, o ator americano Gregory Peck (1916–2003). Apresentando peças de vestuário de mais de uma dezena de designers de renome internacional ao longo de várias décadas, esta exposição não teria sido possível sem o apoio de Cecilia Peck Voll, filha de Gregory e Véronique. Ela generosamente presenteou vinte conjuntos para a coleção de moda permanente do museu e, para fornecer um contexto para essas roupas, emprestou muitas outras roupas, acessórios, fotografias e documentos pessoais nesta exposição.

Salvo indicação em contrário, as fotos e documentos de arquivo são cortesia da Coleção Véronique Peck.

FERIADO PARISIENSE

Véronique e Gregory Peck eram um casal poderoso, cuja influência foi sentida de Nova York a Londres, de Paris a Hollywood. Eles se conheceram quando o ator estava filmando Roman Holiday com Audrey Hepburn em 1952. A caminho de Roma, Gregory parou em Paris. Enquanto estava lá, ele deu uma entrevista para um jornal com uma jovem jornalista promissora, Véronique Passani. Na viagem de volta, ele convidou Véronique para almoçar. Ela desistiu de uma entrevista agendada com Albert Schweitzer, ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 1952, e preferiu se encontrar com Gregory. Uma história de amor nasceu. Os dois se casaram na véspera de Ano Novo de 1955, e seu romance durou até a morte de Gregory em 12 de junho de 2003.

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UM FIGURINO DA MODA

Véronique Peck se destacou por suas escolhas fashion, sempre na moda sem ser vistosa e perfeitamente antenada com o que ficava melhor nela. Seu gosto eclético refletia a natureza curiosa desse ex-jornalista. Ela ficou intrigada com os estilistas de vanguarda dos anos 60 e 70, como André Courrèges, Pierre Cardin e Yves Saint Laurent. Ela também gostava de usar designs dos mestres da alta costura francesa, como Balenciaga e Christian Dior, além de Pucci, uma estrela em ascensão da moda italiana. Véronique foi destaque em várias revistas e jornais, consolidando-a como um ícone de estilo entre os mais elegantes de Hollywood.

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ARQUIVOS PESSOAIS DE VÉRONIQUE

Era uma segunda natureza para Véronique, uma ex-jornalista, documentar sua vida, arquivando coisas efêmeras em uma elegante caixa da Hermès como a exibida aqui. Os documentos ilustram a ligação entre Véronique e revistas como Vogue e Town & Country. O desenho dela usando um vestido geométrico Yves Saint Laurent do outono-inverno de 1968 foi publicado na Women’s Wear Daily, que regularmente elogiava seu estilo elegante. Alexandre de Paris, um famoso cabeleireiro parisiense, criou este desenho de um penteado especialmente para ela. Outros documentos ilustram seu ativismo filantrópico e social.

ADMIRADA PELOS COSTUREIROS

Os pais de Véronique abriram caminho para que ela se tornasse uma parisiense elegante. Seu pai era arquiteto e sua mãe russa uma artista. Como repórter do jornal France-Soir, Véronique acompanhou a política e a ciência, assim como as últimas tendências do teatro, literatura, arte e restaurantes. Quando ela se tornou a Sra. Peck, as casas de alta-costura estavam ansiosas para se associar à esposa de alto perfil de um ator amado. Por isso, Véronique conseguiu adquirir, de vez em quando, o protótipo original criado pelo costureiro que foi modelado no desfile.

ESBOÇOS DE MODA DE YVES SAINT LAURENT E GIVENCHY

Como Véronique não podia viajar a Paris em todas as semanas de moda, as casas de alta-costura mandavam para ela esboços dos novos vestidos e chapéus que sua mãe, Alexandra Passani, viu na passarela e achava que combinariam com sua filha. Desenhos como os mostrados aqui, com amostras de tecido anexadas, ajudariam Véronique a fazer suas escolhas finais.

 DÉCADAS DE ESTILO

Ao longo das décadas, o estilo de Véronique foi clássico e au courant (do momento). Ela estava ciente e respondia às tendências em evolução da moda e da cultura. Nos anos 50, ela seguiu o refinado costume de um traje para cada ocasião: roupas esportivas para momentos de lazer, ternos sob medida para roupas diurnas urbanas e elegantes vestidos curtos para coquetéis. Nos anos 60, ela adorava cores vivas inspiradas na Pop art, como vistas em Saint Laurent ou nos padrões gráficos de Givenchy. Ela também personificou a atitude dolce vita de Emilio Pucci com suas estampas icônicas. Nos anos 70, ela defendeu o estilo jet-set de Thea Porter, que desenhou vestidos esvoaçantes costurados com tecidos que o estilista comprou durante uma viagem ao Oriente Médio. Nos anos 80, Véronique usava conjuntos sob medida emblemáticos da poderosa mulher moderna.

POR DENTRO DO ARMÁRIO DE VÉRONIQUE

Como colecionadora e ex-jornalista, Véronique organizou seu guarda-roupa de olho na posteridade. Ciente do significado de seus bens, ela mandou fotografar cada peça e manteve registros com recortes de jornal para completar sua história.

Esta instalação mostra a diversidade de seu acervo. Não só existe uma gama de peças de alta costura, mas também vestimentas de novos talentos. Entre eles estão os chamados créateurs, como Giorgio Armani ou Karl Lagerfeld em Chloé, que combinaram os padrões luxuosos do passado com o streetwear do momento. Sonia Rykiel também criou uma sensação de streetstyle com seus fatos de treino de strass e veludo, elevando a roupa casual casual a sofisticada. Véronique também tinha uma habilidade incrível de combinar roupas com acessórios apropriados, como os sapatos de plataforma altíssimos de Azzedine Alaïa e Miuccia Prada.

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COSTUREIROS FAVORITOS: YVES SAINT  LAURENT

Véronique descobriu Yves Saint Laurent em 1962 – no início de sua carreira – e os Pecks se tornaram amigos queridos do designer e seu parceiro, Pierre Bergé. Véronique exemplificou o desejo de Saint Laurent de que seus vestidos permitissem a autoexpressão de uma mulher. Seus designs amplificaram sua habilidade de misturar estilos e acessórios de maneiras não convencionais. Ela colecionou vários protótipos de alta costura da Saint Laurent entre 1962 e 1990, frequentemente selecionando as peças mais icônicas de uma coleção. Os temas recorrentes da designer de “viagens imaginárias” estão bem representados em seu guarda-roupa, com roupas inspiradas na Índia, Rússia, Espanha e China.

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COSTUREIROS PREFERIDOS: ANDRÉ COURRÈGES

André Courrèges se tornou uma sensação com sua coleção revolucionária Primavera-Verão de 1965, apelidada de “bomba de Courrèges”. Com ênfase em minivestidos e terninhos, a coleção entrou para a história da moda como a mais ousada declaração da cultura jovem dos anos 1960. Combinado com sapatos baixos, essas roupas liberaram as mulheres para realmente se mover. Véronique abraçou esta estética futurista e adquiriu muitas peças Courrèges em cores pastel e pop que se tornaram assinaturas de seu estilo.

Ela também apresentou o estilista aos Estados Unidos quando, em 1967, organizou seu primeiro desfile de moda americano como parte de uma arrecadação de fundos para o Centro Cultural Inner City em Los Angeles. Esse esforço filantrópico levou Véronique a ser eleita Mulher do Ano pelo Los Angeles Times.

VIAJANDO COM ESTILO

Gregory e Véronique viajavam frequentemente para as locações de seus filmes, para estréias de filmes, em férias em família e para participar de eventos filantrópicos. Véronique embalou seu guarda-roupa de viagem em malas elegantes da Goyard, uma empresa de artigos de couro fundada em Paris em 1853. Para seus ternos de viagem, ela apreciou as habilidades de Givenchy e de Pierre Cardin, um dos grandes mestres da alfaiataria.

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UMA HISTÓRIA DE AMOR

Véronique e Gregory Peck exemplificam o glamour de Hollywood. Seu calor e estilo atemporal, resumidos nesses looks no tapete vermelho, influenciaram jovens estrelas como Sharon Stone e Laura Dern, para quem Véronique foi uma mentora de moda e estilo de vida. Em um meio sujeito a escândalos e relacionamentos breves, a história de amor duradoura do casal de cinco décadas também era um ideal que os diferenciava.

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Beijos, Erika

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