Salve seres humanos. Quem quer que sejam, qualquer que seja sua história, origem ou crença. Para isso, é necessário que no mar Mediterrâneo – notório pelas tragédias humanitárias que envolvem quase qualquer pessoa que tenta chegar à Europa para escapar de guerras, fome e condições de vida insustentáveis – todos os direitos básicos consagrados nas constituições pelo direito internacional e o do mar, incluindo o resgate obrigatório de pessoas em perigo e sua gestão em um porto seguro, devem ser garantidos.
Para isso nasceu a Mediterranea, uma plataforma de realidade da sociedade civil que chegou ao Mediterrâneo depois que as autoridades deixaram de salvar vidas. Na verdade, até 2014, esse trabalho era feito pela guarda costeira italiana e outras agências de aplicação da lei sob a missão Mare Nostrum.
O core promotor de Mediterranea decidiu lançar um navio de bandeira italiana, equipado para efectuar um serviço de vigilância e eventual salvamento, sabendo que hoje, mais do que nunca, salvar uma vida em perigo significa salvar a nós próprios. Isso foi então combinado com um trabalho de base para aumentar a conscientização sobre o assunto.
Apoiando totalmente a Mediterranea, o seu trabalho e os princípios que promove, a Medea, marca italiana fundada em 2018 por Giulia e Camilla Venturini, decidiu criar uma mala que será colocada à disposição da tripulação do navio.
Serão 500 peças e serão vendidas a 50 euros cada a partir do dia 29 de julho. 100 por cento da receita será doado inteiramente para Mediterranea em apoio às suas atividades.
O objetivo do Medea x Mediterranea é duplo: por um lado, sensibilizar o maior número possível de pessoas sobre estas questões urgentes e fundamentais e, por outro, fazer algo concreto em prol daqueles que salvam vidas no Mediterrâneo.
Medea x Mediterranea é uma bolsa, mas, acima de tudo, um apelo à ação: desta vez depende de nós.
A campanha apresenta Ibrahima Lo, que chegou à Itália em junho de 2017, após uma longa e dolorosa viagem do Senegal através do Saara, dos campos de detenção na Líbia e do Mar Mediterrâneo.
Ele estuda e trabalha em Veneza e tem um grande sonho: ser jornalista para dar voz aos que não têm voz, contar não só a sua história, mas também a de todos os seus irmãos e irmãs africanos que, como ele, chegaram à Europa depois de um longo jornada.
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Beijos, Erika
