In Fashion, sentir

This post is also available in: EnglishEspañol

Essa semana, a moda sofreu uma grande perda, pois faleceu neste sábado 10/03 o estilista Hubert Givenchy, aos 91 anos. Hubert criou a grife francesa que leva seu nome, e ainda hoje, mais de 60 anos após sua inauguração, é considerada sinônimo de luxo e elegância, servindo de referência para inúmeras mulheres ao redor do mundo.
Iniciou sua carreira na moda muito cedo, aos 17 anos já estagiava como couturier, na Maison de Jacques Fath, e após trabalhar por mais algum tempo com outros grandes nomes da moda francesa como Christian Dior e Pierre Balmain, inaugurou aos 24 anos de idade sua própria grife. Não demorou muito para tornar-se escolha prioritária das mulheres da alta sociedade da época, principalmente quando chegava a hora de escolher uma peça para uma ocasião especial.
Em 1953 conheceu Audrey Hepburn, atriz de quem se tornou muito amigo, e então passou a vesti-la também para seus filmes, o que possibilitou eternizar alguns modelos através da telinha. Algumas das peças usadas por Audrey são vistas como ícones da moda, como o “tubinho preto” que vestiu ao interpretar Holly Golightly, em Breakfast at Tiffany’s (1961).
Hubert se aposentou em 1995, e depois disso já passaram pela direção criativa da Maison os estilistas John Galliano (1995), Alexander MacQueen (1996), Julien Macdonald (2001), e Ricardo Tisci (2005). Agora pela primeira vez em mãos femininas, Clare Waight Keller é quem está à frente a grife.

givenchy_e_audrey
Mas infelizmente, Hubert Givenchy não foi o único gênio da moda a nos deixar no último ano. Recentemente tivemos a triste notícia também por parte do estilista Ocimar Versolato, que faleceu em dezembro. Estagiou na Versace, e nos anos 90 chegou a assumir a direção criativa da Lanvin. Em 1994 inaugurou na França, a grife com seu nome, e tornou-se um dos poucos brasileiros a trilhar sua carreira na moda parisiense, onde chegou inclusive a fazer parte do seleto grupo da Chambre Syndicale de la Haute Couture.

ocimar-versolato
Em 2017, sofremos ainda a perda da estilista francesa Emmanuelle Khanh, que foi pioneira no pret-a-porter. A estilista criou sua marca em meados dos anos 60, onde apresentava peças voltadas ao público mais jovem (Emmanuelle Khanh “se atreveu a criar uma moda para as jovens, quando os demais estilistas se dedicavam a criar modelos elegantes para damas”, diz Claude Brouet, que na época trabalhava como jornalista para a revista Elle).

Emmanuelle Khanh
Azzedine Alaïa, o estilista franco-tunisio conhecido por apresentar suas obras atemporais fora do calendário oficial de desfiles, também nos deixou no ultimo ano. A triste notícia da perda foi comentada oficialmente com pesar pelo ex-Ministro da Cultura francês Jack Lang, como a perca do “mágico das tesouras”.

Azzedine-Alaia_001
O ano que se passou foi lindo em muitos aspectos, mas triste em outros. Nos resta pensar no lindo legado que esses e outros mestres da costura nos deixaram, para que possamos aprender e nos desenvolver da melhor forma.

Recommended Posts

Leave a Comment

Contato

Olá! Mande sua mensagem vamos entrar em contato assim que possível.

Not readable? Change text.

Start typing and press Enter to search